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Porto Alegre inicia plano para reduzir emissões de carbono


No Congresso Mundial do ICLEI (Governos Locais para a Sustentabilidade), na Suécia, o prefeito Sebastião Melo anunciou edital para contratação de consultoria que desenvolverá o Plano de Ação Climática de Porto Alegre. Fotos: Luiz Otávio Prates/ PMPA

Uma empresa será contratada para planejar como a cidade irá cumprir a meta de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030 e zerar até 2050. O compromisso foi assinado durante a Cúpula Mundial do Clima (COP 26) em novembro do ano passado. Nesta quinta-feira, 12, durante o Congresso Mundial do ICLEI, na Suécia, o prefeito Sebastião Melo anunciou que nos próximos dias será lançado edital para contratação de uma consultoria que desenvolverá o Estudo de Vulnerabilidade e Riscos e o Plano de Ação Climática de Porto Alegre.

“Temos uma realidade de descuido histórico com a questão ambiental, com cidades de rios poluídos e excesso de carros circulando e sistemas de transporte que contaminam o ar. Porto Alegre está no caminho para mudar essa realidade, e partimos agora para uma etapa concreta que vai apontar os melhores caminhos para cumprirmos a meta de zerar emissões de carbono”, afirmou o prefeito.

A empresa a ser contratada irá se basear no levantamento do Inventário de Gases de Efeito Estufa, produzido ano passado, que apontou que 67% das emissões são do setor de transportes. Em seguida estão a energia estacionária (consumo diário dos cidadãos) com 22% e setor de resíduos, somando 9% das emissões.

“A partir deste diagnóstico, vamos planejar ações alinhadas a uma visão de futuro de Porto Alegre ser uma cidade carbono neutro, resiliente, sustentável e inclusiva até 2050”, disse o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm, que integra a missão oficial na Suécia.

A diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade da Smamus, Rovana Reale Bortolini, explica que, inicialmente, será elaborado o Estudo de Riscos e Vulnerabilidades, com identificação, mapeamento, quantificação e análise dos riscos climáticos atuais e futuros, além dos impactos para os moradores e capacidade já existente para enfrentar esses desafios. A partir dos resultados deste estudo, será construído o Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas.

“O plano deverá estabelecer medidas e definir metas e indicadores aplicáveis ao monitoramento de sua implementação e de resultados alcançados. O plano busca a neutralidade de carbono a partir da mitigação das emissões de gases do efeitos estufa e adaptação aos efeitos da mudança do clima em um processo participativo com diversas partes interessadas”, destacou a diretora.
 

Texto: Carla Bisol e Carolina Seeger

Edição: Fabiana Kloeckner

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