A área localizada na esquina das ruas Garibaldi e Irmão José Otão será o novo terrário urbano de Porto Alegre. O projeto transforma áreas públicas ociosas em espaços sustentáveis de lazer, convivência e contato com a natureza. O edital de licitação para área de 124, 70 metros quadrados foi publicado no Diário Oficial Oficial Porto Alegre e pode ser acessado no Portal de Compras Públicas, pregão eletrônico 185/2022.
A sessão pública ocorrerá em 4 de julho, às 10h. Um dos benefícios do projeto é o direcionamento do valor da outorga obtido na licitação de áreas centrais e mais valorizadas na implementação de terrários em áreas periféricas, que serão disponibilizadas para o uso e gestão da comunidade e associações sem nenhum custo.
"O projeto propõe a implementação de espaços referenciais articulados, caracterizados pelo uso coletivo e pela promoção da interação social. Assim, ao incrementar a oferta de espaço público, os terrários contribuem para a estruturação de um sistema de espaços livres, formando redes conectivas, coerência urbana e vitalidade”, explica o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm. A diretora de Projetos e Políticas de Sustentabilidade, Rovana Reale Bortolini, ressalta que a iniciativa é pioneira no país. “A parceria com a iniciativa privada para exploração comercial de pequenas áreas públicas ociosas, sem valor comercial, com projetos sustentáveis e de interesse dos moradores, é um prática de sustentabilidade e de fomento à socialização e à economia local ainda nova." O projeto dos terrários urbanos pode ser conhecido aqui.
Lucas de Oliveira - O primeiro terrário está sendo instalado na rua Lucas de Oliveira, ao lado do número 1831, esquina com a avenida Neuza Brizola, e chama-se Terrário Maçaíx. O projeto prevê placas solares fotovoltaicas sobre as áreas fechadas, telhado verde, parede verde na lateral do skate box, implementação de vegetação nativa, uso de madeira de reflorestamento autoclavada, tratada e certificada, uso de tintas com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis (VOC) e piso drenante. Ainda não há data para inauguração.
Inspirados no modelo de pocketparks (mini parques) de Nova Iorque, os terrários urbanos têm como objetivo transformar áreas sem uso e com baixo valor comercial em locais que atraiam a população, conforme o decreto municipal 20.652. “O projeto atendeu aos critérios de elegibilidade do Transformative Actions Program (TAP), do ICLEI e recebeu o Selo TAP, que o qualifica como projeto com alto potencial transformador, e que pode trazer benefícios sociais e ambientais vinculados ao desenvolvimento resiliente da cidade”, destaca a coordenadora de Projetos de Sustentabilidade, Natércia Domingos.
Conforme o decreto, o terrário urbano é composto de espaço aberto e fechado e pode ter área total de até 500 metros quadrados. Os projetos deverão contemplar medidas de sustentabilidade, como:
- Utilização de materiais construtivos
- Mobiliário urbano e demais equipamentos fabricados com materiais ecológicos
- Plantio de flora nativa do Estado
- Uso racional da água por meio de sistemas de irrigação eficientes ou reuso
- Utilização de formas alternativas de energia
- Medidas que visem à redução da formação de ilhas de calor, como paredes e telhados verdes
- Uso de formas alternativas de drenagem, como jardins de chuva
Texto: Aline Czarnobay
Edição: Andrea Brasil
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